O produto interno bruto da Alemanha regrediu no último trimestre de 95 por comparação com os valores registados no terceiro trimestre. O terceiro trimestre já havia apresentado uma estagnação do crescimento por comparação com o segundo.

Os valores de crescimento do PIB alemão no último trimestre de 95 ultrapassam apenas ligeiramente a marca atingida no período homólogo de 94.

Estas informações oficiais sobre a economia alemã consolidam a ideia de que a «locomotiva» tem vindo a perder força de forma consistente e que o resto do comboio está já a abrandar a marcha. As carruagens da cauda, ligadas de forma menos sólida ao centro de força da composição, correm o risco de se imobilizarem pouco depois de terem começado a mover-se. Más notícias para aqueles que têm uma fé inabalável nas «boleias» ou crêem ser possível contar sempre com os efeitos de «união de forças» para assim justificar um menor esforço próprio na prossecução de objectivos económicos.

Mas os que acreditam nas virtualidades criadoras da vontade própria também não têm motivos para ficar felizes. O último inquérito do INE ao Investimento conclui que no ano passado os empresários portugueses investiram apenas mais 0,5 por cento do que em 94, valores nominais. As intenções de Investimento para 96 apresentam-se negativas em 3,5 por cento, ou seja, os empresários não têm confiança e vão investir bastante menos do que em 1995.

Com o Investimento privado a descer e o Investimento público «cortado» pelos compromissos de equilíbrio orçamental poderá haver crescimento económico significativo?